Outro dia participei de um evento no qual um jurista, ao falar de como não colocamos a nossa constituição em prática, tratou da nossa sociedade individualista. Claro, ele deu uma forte ênfase ao Brasil, mas eu diria que a sociedade capitalista como um todo é individualista. Oh, que novidade. Mas o que este discurso bonito e bem articulad ome lembrou foi outra coisa. Pra mim talvez a prova final da nossa sociedade individualista, ou mesmo o cúmulo do individualismo.
Há um tempo atrás uma amiga da faculdade me contou uma historinha. Ela estava num ônibus, indo ou voltando do trabalho que é num bairro pobre/simples/carente de Salvador, e ouviu a conversa entre duas amigas. Beltrana virava pra Fulana e perguntava qual a diferença entre pobrema e ploblema. Fulana, muito entendedora do assunto, respondeu que pobrema é quando a questão acontece com você mesma, por exemplo, "Eu tenho pobrema de rim". Mas ploblema é quando a questão é com o outro, por exemplo, "O ploblema do Brasil é a corrupção".
Pois bem, até os problemas agora são individualizados! Temos um conceito para o nosso umbigo e para o do outro. Somos seres independentes, auto-suficientes, cujos pobremas não interferem, nem são abalados pelos ploblemas dos outros. Então, o que se há de fazer?
Talvez o mais cômico dessa história toda seja o fato de outra amiga ter contado a mesma história. Os mesmos personagens (duas mulheres), o mesmo local (um ônibus popular), mas narrador diferente, um amigo pessoal dela que não conheço e que provavelmente não conhece a amiga que me contou a história. Ou será que eles estavam no mesmo ônibus? Ou será que esta definição de pobrema e ploblema esteja mais difundidas do que imaginamos? Ou será que é tudo criação da cabeça deles? Ou será que foi uma manipulação da massa para crermos que são ignorantes, mas na verdade planejam a revolução? Ou será que tostines vende mais por que é fresquinho? Ou será que o mentos realmente explode se colocado dentro da coca-cola light? Ou será que o ovo veio primeiro? Ou será que nada disso importa, afinal toda essa história vai virar uma estória, uma lenda urbana e nada mais será discutido ou feito?
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