quarta-feira, setembro 05, 2012

The best you ever had Is just a memory and those dreams Weren't as daft as they seemed

Uma das minhas séries preferidas é Game of Thrones (GOT), da HBO, que me viciou também na série literária Crônicas de Gelo e Fogo. Nela o R. R. Martim descreve um fantástico mundo medieval na fictícia Terra de Westeros. Esta Terra é formada por sete reinos dominados por clãs ancestrais que, por um sistema de vassalagem, estão submissos ao Rei dos sete reinos, aquele digno do Trono de Ferro. Eu simpatizo com diversos desses clãs, ou casas, a exceção dos Greyjoy,das Ilhas de Ferro. Eles são muito duros e secos para mim. Outra exceção seria os Targaryens que estão exilados de Westeros, mas continuo considerando-os uma Casa dos Sete Reinos e estão entre meus favoritos.Ousaria dizer que minha Casa preferida é a Stark, os Senhores do Norte. Mas tenho certeza de qual Casa faria parte, eu seria Tully pela afinidade com o seu lema: "Família, Dever e Honra".

Nossa, esse super rodeio e mega resumo de GOT é só pra falar da minha ligação com a família. Bem, eu confesso não ser aquela pessoa super presente, que agrega todo mundo e mantêm contato. Mas sou "arroz de festa"! Aniversário, casamento, formatura, batizado, eu tô dentro quando possível. Isso me levou a fazer uma tatuagem em 2005. As iniciais do meu pai e mãe atrás da orelha. Como uma pulga atrás da orelha que sempre me faz pensar duas vezes.

Há alguns anos quero fazer outra, a quarta tatuagem, mas não me sentia segura do desenho. No início veio a ideia de um dragão. Algo no estilo de Falcor de História sem Fim, ou Viagem de Chihiro, em forma de oito representando o infinito. Essa ideia foi morrendo e dando lugar a outra, a de homenagear meus irmãos. Mas o que? Danei a pensar. Quatro besouros? Quatro estrelas? Não. Sem graça. Algo faltava. Lembrei de uma tatuagem que era mais ou menos um bracelete de smiles de vários estilos. Daí fui maturando a ideia de um ideograma formado por quatro figuras que representaria cada um de nós.

O conceito geral surgiu e ficou, mas restava escolher os símbolos. O exercício era simples. Se eu pensar na pessoa qual a primeira imagem ou palavra que vem? O primeiro símbolo decidido foi o meu, um gato. Por mais que pareça pretensão é pela identificação com a personalidade felina. A independência emocional (mesmo que fingida) e o isolamento. Em seguida veio a imagem do João Pedro, o Sol. Porque onde quer que chegue ele ilumina a todos. Seu carisma e iluminação não se discute. Mas ainda faltavam dois. Matutei mais um pouco e encontrei o símbolo da Bia, o Diamante. Assim expressava sua majestosa vaidade e preocupação com os detalhes.

O símbolo que mais demorou a dar as caras foi o de Lucca, a Coroa. Até perguntei a ele o que queria que o representasse, e com aquele ar imponente, displicente e inabalável, como seu topete, respondeu que não sabia. Ele era esperto demais para se auto definir. Aliás, para se definir de forma tão limitante, uma palavra, uma imagem. Ele precisaria de uma tela inteira. Isso caberia a mim, "irmãe" mais velha, ridiculamente politicamente correta demonstrar que são todos iguais e podem ser simples em sua significação. Fiz meu exercício repetidas vezes até que a coroa se apresentou. Primeiro associei a arrogância e autoritarismo. Características que sempre nos fazia brigar como se tivéssemos sete anos, apesar da singela diferença de quatorze anos. Por fim entendi que era por sua majestade. Lucca era um garoto impecável, educado e respeitado por onde quer que fosse. Então, com minha obra prima em mente parti para a materialização. Montei o ideograma com imagens buscadas na internet (Salve, Google!) e apresentei a um dos "musos". O que recebi foi um insosso "é, tá legal".

E foi assim. Um mês antes de sua partida minha nova tatuagem, o ideograma dos quatro irmãos estava pronto. Aguardava Lucca escolher sua tatuagem para fazermos juntos. E agora, em meio a dor e a saudade, foi o momento certo para tatuá-lo.

Agora carrego meus irmãos sempre comigo. =,)



P.S.: O título veio da canção Fluorescent Adolescent, de Arctic Monleys. Para conhecer só seguir a lista do blog no spotify Visage (vir aqui, pra ouvir no Grooveshark), ou aqui, pra ver o clip e conhecer a música.

sexta-feira, agosto 03, 2012

Between Two Lungs

Ítalo Calvino diz, em Por que ler os clássicos, que "Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira" e hoje relendo um livro da minha infância encontrei um Clássico. Graças a minha mãe tive uma educação cultural e espiritual aberta. Talvez por isso ela me presenteou com um livro muito fofo, Pingo de Luz, da Gislaine D'Assumpção. Eu não lembrava de detalhes da história, mas a sensação de quando o li ainda estava fresquinha e era muito boa. Das muitas coisas que passaram pela minha cabeça desde que recebi a notícia do falecimento de meu irmão de dezesseis anos a lembrança do livro não foi uma delas. Foi minha mãe quem novamente me trouxe essa mensagem.

Então eu me rendi. Com a 'louvável' (pra não dizer covarde) desculpa de ajudar meus irmãos menores a lidarem com essa experiência temida, velada e inevitável que é a morte, procurei pelo livro. Encontrei-o na Livraria Galileu da Tijuca depois de vasculhar livrarias megastore online e ao vivo, e aproveitei a oportunidade para relê-lo. O resultado foi que anos depois ele me pareceu novo, com muito a me dar e ensinar. Com delicadeza e linguagem simples Gislaine passa essa mensagem sobre o ciclo da vida e morte e como eles na verdade se complementam e não se excluem. Eu me emocionei bastante e por isso quis compartilhar aqui no Blog (porque daí voa pelas redes via Twitter, Facebook, email, sinais de fmaça). A todos aqueles tocados pela tormenta de Julho, recomendo essa leitura independente de religião, doutrina ou filosofia. Pra mim foi reconfortante, aliviou um pouco a dor para o vazio que ficou entre os pulmões.

P.S.: O título veio da canção Between Two Lungs, de Florence + The Machine. Para conhecer só seguir a playlist do Blog no spotify Visage (vir aqui, pra ouvir no Grooveshark), ou aqui, pra ouvir no Youtube.

segunda-feira, abril 23, 2012

Cada uno dá lo que recibe. Luego recibe lo que dá. Nada es más simple. No hay otra norma. Nada se pierde todo se transforma.

Post express para um trabalho express! Amo artigos de papelaria. Canetinhas coloridas, estojos com estampas legais, cadernos bonitos, utilidades diversas. Sendo assim nada mais justo que personalizar meus apetrechos e daí veio a idéia de juntar papelaria e o craft-DIY-fofura-de-mãe! Caderno com capa personalizada.

A escolha: tecido liberty bem girly!

Material: caderninho de capa dura vendido na papelaria mais próxima. Cola de bastão.

E... voila!

Mais um caderninho de anotações fofo e prático.


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